Moedas virtuais facilitam a fiscalização segundo especialistas

O registro tecnológico de transferências, depósitos, saldos e pagamentos permite uma fiscalização muito mais precisa pelas autoridades. Práticas como a lavagem de dinheiro são mais difíceis neste cenário.

Busca de credibilidade

Marcos Zanini, presidente da Dinamo Networks, empresa especializada em segurança para identidade digital, traça um cenário comparativo entre as moedas digitais e o dinheiro em espécie. “A criptomoeda, assim como a cédula, é uma convenção social. Você só acredita nela se a comunidade acreditar. No entanto, existe uma resistência, por parte das autoridades políticas, em relação às criptomoedas, já que elas são operadas em um mundo desregulamentado”, explica. Zanini diz que a Dinamo colaborou em diversos projetos de segurança no país, como os dados do contribuinte na declaração de Imposto de Renda (IR), regido pela Receita Federal (RF), e na implantação do Sistema Brasileiro de Pagamento (SBP), do Banco Central. Ele explica que o processo de segurança digital precisa seguir uma lógica, que é a mesma adotada para o dinheiro em espécie. “O que dá lastro às moedas, em geral, é alguma coisa tangível do ponto de vista físico. Se você quer aumentar o lastro, precisa garimpar a moeda. Com a criptomoeda, não é diferente. A única diferença é que o garimpo está em expressão matemática, ou seja, em uma combinação de números que gera uma moeda, baseados no IP (rótulo atribuído a cada dispositivo conectado em uma rede) de computadores”, pontua.

FONTE: Hamilton Ferrari e Gabriel Ponte – Correio Brasiliense – Economia

* Matéria Completa: https://bit.ly/2H7Q1Xq

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