A segurança da Informação ganha o forte reforço da Inteligência Artificial, muito pelo medo dos CIOs de sofrerem ataques de ransomware, como pela necessidade de adequação à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, que entra em vigência em agosto de 2020. Dados da IDC Brasil, revelados em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 05/02, em São Paulo, reportam que os investimentos em IA e machine learning para segurança vão chegar a US$ 671 milhões, ou R$ 2.3 milhões, com o dólar a R$ 3.50 ao longo de 2019.
De acordo com a consultoria, os ataques de ransomware, com o WannaCry à frente, provocaram estragos bem próximos à realidade das grandes empresas.Isso impôs aos CIOs uma atenção redobrada à segurança da informação. Em 2019, a tendência é o uso de soluções inteligentes e a adoção continuada de serviços gerenciados. Como exemplos, a IDC apontou soluções NextGen ganhando importância e a capacidade de inteligência artificial e aprendizado de máquina sendo percebidas como fundamentais para combater a complexidade e a diversidade de ataques.
“O tema de segurança ganhou uma relevância maior desde 2017 com WannyCry e foi importante ver que chegou à Berrini. Isto trouxe a sensação que não acontece só com o vizinho e que pode chegar à companhia a qualquer momento. E fez com que soluções mais modernas ganhassem relevância”, destacou Luciano Ramos, gerente de pesquisa e consultoria de software e serviços da IDC, fazendo referência à região da capital paulista que concentra a sede de muitas empresas.
A IDC estima que o ritmo de adoção das soluções vai crescer duas vezes mais rápido que as soluções tradicionais. As empresas também contam, cada vez mais, com serviços gerenciados de segurança (MSS, na sigla em inglês), um segmento no qual os gastos com MSS ultrapassarão os US$ 548 milhões já neste ano. A IDC também aponta que haverá acirramento da competição entre os provedores puros – aqueles que fornecem apenas soluções de segurança – e as operadoras de telecomunicações.
Isso porque os dois maiores desafios da segurança da informação – capacidade técnica e dificuldade em reter talentos – determinam uma maior demanda por serviços gerenciados. E nessa área, as operadoras têm avançado e subido na cadeia de valor, principalmente, por serem as responsáveis pela conectividade e conseguirem desviar o tráfego.
FONTE: Portal Convergência Digital – Por Roberta Prescott*