Conferência nacional marca avanço na articulação entre reguladores, bancos e empresas de tecnologia para enfrentar os crescentes desafios da cibersegurança
A DINAMO Networks referência há 20 anos em segurança digital e soluções de criptografia, que atua no PIX, no projeto piloto do Drex, solução biométrica antifraude pela palma da mão, e em diversos projetos nacionais de segurança, se junta às discussões com o Banco Central do Brasil e os maiores bancos e instituições financeiras do país para discutir uma nova visão sobre o risco cibernético na estrutura do mercado nacional. Diante dos recentes ataques hackers que geraram perdas bilionárias, as discussões sobre segurança se alavancam na busca por soluções que mitiguem os impactos financeiros a nível B2B e B2C. A reunião das principais lideranças do setor ocorre no Fraud & Cybersecurity Finance Conference, evento que ocorre em São Paulo no WTC Centro de Inovações na segunda feira (20), às 08:30.
Em um painel sobre Gestão de Crises Cibernéticas, analisando os principais cases dos últimos períodos, a empresa aponta os desafios enfrentados pelas instituições, as lições aprendidas e as boas práticas que devem ser adotadas a partir de agora. Marco Zanini, CEO da DINAMO Networks e painelista discorre sobre a relevância de espaços para discussões e aprimoramentos que permitam o Brasil avançar, uma vez que o país está entre os principais focos internacionais de fraude e golpes financeiros. “Nosso entendimento enquanto especialistas de segurança é que uma vez que a instituições que atuam com o PIX e com o Sistema de Pagamento Brasileiro (SPB) não instituem práticas claras de compliance, auditorias e uso de soluções como os HSM para criptografia e posse de chaves, para custódia segura há negligência. O elo mais fraco da corrente antifraude é sempre a ação humana e quanto mais brechas neste sentido, maiores os danos e a mais complexa a gestão de crises”, reforça ele.
Dados recentes reforçam a urgência dessas discussões. Segundo o relatório Global Economic Crime and Fraud Survey 2024, da PwC, 46% das organizações globais relataram ter sofrido algum tipo de crime financeiro nos últimos dois anos, número que sobe para 58% quando se trata de empresas brasileiras. Além disso, o Brasil figura entre os países com maior volume de tentativas de fraude no setor financeiro, segundo dados da Serasa Experian, que apontou mais de 4,6 milhões de tentativas de golpes apenas no primeiro semestre de 2024. Em contraste, os Estados Unidos registraram 2,7 milhões de tentativas no mesmo período, segundo a Federal Trade Commission (FTC). Esses números evidenciam que o mercado brasileiro é um dos mais visados por cibercriminosos, exigindo medidas cada vez mais robustas de proteção, tanto no front regulatório quanto tecnológico.
Nesse cenário, o Fraud & Cybersecurity Finance Conference surge como uma plataforma estratégica para o avanço da cibersegurança no setor financeiro. Com foco em soluções práticas e debates de alto nível, o evento reúne especialistas do Brasil e do exterior para compartilhar insights sobre ameaças emergentes, tecnologias de defesa e estratégias de mitigação de risco. A programação inclui painéis sobre inteligência artificial aplicada à segurança digital, proteção de dados sensíveis, evolução das fraudes digitais e o papel da identidade digital como ferramenta de defesa. Além disso, o evento promove rodadas de negócio, workshops e apresentações de casos reais, como o recente ataque cibernético a uma grande fintech brasileira, que servirá de estudo de caso para análise coletiva. A presença de representantes do Banco Central, da Febraban e de líderes de grandes instituições reforça o peso e a relevância das discussões propostas.
Com esse encontro, espera-se não apenas o compartilhamento de conhecimento, mas também a consolidação de parcerias estratégicas para o fortalecimento da infraestrutura de segurança digital no Brasil. A troca de experiências entre setores público e privado é essencial para elevar o padrão de proteção das instituições financeiras e proteger milhões de consumidores dos riscos crescentes no ambiente digital.
